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O dia 20 de janeiro ganhou uma conotação especial e pêsames no futebol mundial há 25 anos. Neste dia, em 1983, Manoel dos Santos, o Mané Garrincha, falecia por infecção generalizada em uma situação muito diferente da saudação que recebia de torcedores do auge de seu desempenho dentro de campo: era vítima do alcoolismo, no esquecimento popular.
Nascido em 18 de outubro de 1933 na cidade de Pau Grande – distrito de Magé, no Rio de Janeiro -, Garrincha não tinha o físico considerado ideal para o futebol.
No entanto, a distrofia física fez com que as suas pernas tortas entrassem para a história do esporte como as responsáveis por dribles memoráveis.
Vivendo na época dos pontas, Garrincha cansou de levar a bola para a lateral e entortar quem se atrevesse a interceptá-lo. Acostumado a dar fintas em quem estivesse a sua frente, o craque chamava todos os seus marcadores de “João”.
O caminho do Mané nos campos começou no clube em que mais se destacou na carreira: o Botafogo, em 1953. Logo em sua estréia, fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Avelar (MG).
Em pouco tempo, o camisa 7 já estava desfilando no Maracanã, o principal palco de suas apresentações. Ao todo, foram 608 jogos e 245 gols com a camisa alvinegra, conquistando três Campeonatos Cariocas, em 57, 61 e 62, e dois Torneios Rio-São Paulo, em 62 e 64.
E Garrincha também cravou seu nome na seleção brasileira. Mesmo reprovado nos testes psicotécnicos, seguiu para a Suécia para conquistar a Copa do Mundo de 1958 ao lado de outros gênios como Pelé e Didi. Repetiu o feito em 1962, no Chile, mas desta vez como o principal nome do time canarinho depois da contusão de Pelé. Além do bicampeonato mundial, o jogador ainda ostenta um impressionante desempenho defendendo o país: perdeu apenas uma das 60 partidas que disputou.
A carreira começou a entrar em decadência em 1966, com a saída do Botafogo. As passagens por Corinthians, Flamengo, Olaria, Bangu, Portuguesa-RJ e Atlético Junior da Colômbia não tiveram o mesmo brilho, e Garrincha optou por encerrar sua épica e inesquecível trajetória no futebol. O alcoolismo vencia a primeira batalha.
E aos 49 anos, o craque falecia, deixando 13 filhos em três casamentos, e milhares de outros órfãos do seu brilhante futebol ao redor do mundo. Depois da morte, Garrincha ganhou uma estátua, atualmente localizada no Maracanã.
Porém, com o intuito de fugir de cusparadas, a Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro (Suderj), administradora do Maracanã, autorizou a transferência do monumento para o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, que está sob a posse do Botafogo.
Fonte: Gazeta Press / Placar