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Um levantamento divulgado recentemente pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que 82% dos jovens provam lícitas (álcool ou cigarro) antes de atingir a maioridade. A coleta de dados foi realizada com mais de 17.371 estudantes do Ensino Médio em 27 capitais do país.
“Desde 2008, já identificamos a tendência do consumo abusivo de álcool na adolescência”, destaca a pesquisadora Zila Sanchez. “O estudo constata que o jovem que bebe, geralmente, está mais exposto ao sexo sem prevenção (camisinha). E quem começa a beber ainda antes dos 12 anos tem 60% mais chances de desenvolver a dependência química”.
Para a pesquisadora, um dado surpreendente foi as classes mais altas, como a A e B, estarem associadas à essa situação. “Porque temos a visão de que isso só ocorre nas classes mais baixas”.
O estudante de 1º ano do ensino médio de uma escola de elite de São Paulo, Leandro, é um exemplo deste perfil apontado pela pesquisa. Ele contou ao jornal Estado de São Paulo que só não foi punido porque os pais não ficaram sabendo que ficou embriagado na casa de um amigo.
“Mesmo aquele jovem que tem pais que não enchem a cara, se tiver experimentado a bebida precocemente de alguma outra forma, tende a adquirir o hábito da bebida”, afirma Zila.
Com informações dos jornais “A Tribuna” e “Estado de São Paulo”