Tempo de leitura: menos de 1 minuto
Um cotonete será o novo aliado no combate a acidentes de trânsito no Rio de Janeiro e na apuração de estatísticas que relacionam consumo de álcool a colisões.
O bastão coletor de saliva será usado pelos bombeiros no socorro a acidentados.
A nova ferramenta é passada na boca do motorista e mede o nível alcoólico no sangue ao reagir com líquido apropriado.
Hoje, a prova de que o condutor ingeriu bebida alcoólica, muitas vezes, é feita por relato de hálito etílico – cheiro de álcool na boca.
O objetivo do novo instrumento é tornar os números mais confiáveis. Até o fim do ano, o equipamento deve estar nas ambulâncias dos bombeiros. Serão 10 mil kits, importados dos Estados Unidos. Cada kit – com cotonete e uma espécie de “termômetro” para o nível de álcool – custa R$ 9.
“Hoje, sabemos que, em 30% dos acidentes, o motorista tem hálito etílico. Creio que nos assustaremos com aumento para 90%”, diz o superintendente de Urgência e Emergência da Secretaria Estadual de Saúde, coronel Fernando Suarez. É considerado embriagado quem apresenta 0,6 g de álcool por litro de sangue, ou bebe mais de um copo de cerveja.
Assim como o exame de sangue e do bafômetro, o motorista não é obrigado se submeter ao teste, já que, por lei, ninguém pode ser forçado a criar provas contra si. Suarez crê, porém, que não haverá objeção. “Não precisa puncionar a veia e é mais fidedigno que o bafômetro”, afirma, frisando que o objetivo não é punir os motoristas alcoolizados.
Ele espera, porém, que os primeiros resultados sensibilizem autoridades e gerem providências, como campanhas, por exemplo. Ele não descarta o uso do cotonete como prática rotineira da corporação.
Fonte: Terra