Licenças para tratar da saúde aumentam 69%

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O número de licenças trabalhistas para tratamento do alcoolismo e dependência química cresceu 69% em cinco anos. O levantamento vem do banco de dados do Ministério da Previdência Social e revela a urgência da atenção à saúde do trabalhador.

O Serviço de Medicina e Segurança do Trabalho (SESMT) e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) de cada empresa promovem minicursos, palestras e ações direcionadas para combater males como uso de drogas, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo o Governo, o cigarro mata 200 mil pessoas por ano, no País

“O número de afastamentos por drogadição e alcoolismo aumentou demais na última década. Em contrapartida, pesquisas internacionais comprovam que, investir um dólar por ano na qualidade de vida do trabalhador, reduz acidentes, afastamentos e ainda provoca ganho institucional”, explica a professora do Cesumar, Mayra Martins.

Psicóloga e doutora em Ciências da Saúde, ela diz que campanhas que enfatizam o risco para a saúde das pessoas não surtem tanto efeito. Uma saída, de acordo com ela, é mostrar os benefícios de quem adota uma postura saudável.

“Acredito que seja mais uma questão de linguagem. Falar em qualidade de vida ajuda a fortalecer o emocional do trabalhador para que ele possa identificar e buscar a felicidade, inclusive, no trabalho, evitando comportamentos de risco”, destaca.

Ela ressalta que o tabagismo também deve ser o foco de ações da Cipa. Entre os males que afetam fumantes e ex-fumantes, está a doença pulmonar obstrutiva crônica (DOC). A pessoa tosse e tem falta de ar progressiva, o que a impossibilita de trabalhar. Primeiro, vem o afastamento.

EXCESSO

3% a 10% dos brasileiros bebe demais. O consumo de álcool é uma das dez principais causas de afastamento do trabalho. Depois, a aposentadoria. Dados do Ministério da Saúde indicam que a DOC mata cerca de 39 mil pessoas por ano no Brasil. Os males do cigarro reunidos, 200 mil.

A enfermeira do Trabalho, Denise Camargo, lembra que os exames anuais e o acompanhamento fazem a diferença quando o assunto é prevenção. Se o estresse vem do trabalho, uma mudança de atitude pode ajudar, inclusive, dos superiores.

Trocar a pessoa de setor, por exemplo, pode resolver o assunto. Se a origem do problema está na casa do trabalhador, o psicólogo e a assistência social da CIPA também podem ajudar.

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