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De acordo com especialistas, a resposta é unânime: não!
Quem é dependente do álcool e faz tratamento para controlar esta doença sabe que precisa evitar o uso da substância e isso pode ser difícil, especialmente em festas ou reuniões sociais. Alguns acreditam que a solução para “se enturmar” é beber cerveja sem álcool.
Na verdade, muitas das cervejas chamadas “sem álcool”, contém, sim, uma porcentagem da substância. Segundo a PROTESTE – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – a legislação permite que seja chamada de “sem álcool” bebidas com o teor de até 0,5%. Porém, algumas empresas alegam ter 0% de álcool quando, na verdade, há uma porcentagem.
Segundo Rodrigo Sozo, mestre cervejeiro da Ambev, para a Revista Galileu, o líquido a partir do qual é formada a cerveja se chama mosto, que é uma combinação de malte, água e lúpulo.
Durante o processo de fermentação, os açucares do mosto são transformados em álcool e gás carbônico. Normalmente o processo é feito a uma temperatura de 12°C.
Na produção da cerveja sem álcool isso é feito numa temperatura de 6°C ou 7°C. Isso faz com que a fermentação produza os aromas característicos de cerveja. Mesmo assim, produz-se álcool em pequena quantidade, por volta de 0,35%.
A psicóloga Aurea Tami Baraldi, da Clínica Viva, alerta que, por menor que seja a quantia de álcool, o gosto e o prazer estará presente, e isso pode prejudicar o tratamento.
Por essas razões, apesar da quantia inferior comparada à cerveja comum, a bebida vai fazer com que o alcoolista tenha mais dificuldade na hora de manter a abstinência e evitar situações de risco – pontos fundamentais no tratamento. Sendo assim, cerveja sem álcool não deve ser consumida por dependentes do álcool.
Em relação ao tratamento, a especialista explica que o paciente é orientado a buscar estratégias para lidar com a abstinência, evitar as situações de risco e adotar um novo estilo de vida, onde a bebida não faça parte.
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