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O Projeto Genacis: uso de álcool – evolução de padrões de uso ao longo de oito anos e danos para os outros (beber passivo), da Faculdade de Medicina (FM) da Unesp, Câmpus de Botucatu, foi selecionado pelo Programa de Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em Saúde PPSUS.
Trata-se de um inquérito populacional em moradores da área urbana da região metropolitana de São Paulo, em amostra probabilística estratificada por conglomerados. Estima-se a inclusão de 1200 pessoas, com idade maior ou igual a 18 anos, de ambos os sexos. Após o sorteio do domicílio, um indivíduo escolhido aleatoriamente em cada residência responderá ao questionário Genacis Lite, composto por questões divididas em 14 blocos (32 páginas).
As questões são referentes a dados sociodemográficos, padrão e contexto do uso do álcool e consequências de seu uso para si e para terceiros. Os 5 primeiros blocos de questões já foram utilizados em estudo realizado em 2007, e servirão para comparação com os resultados do estudo atual.
Os principais desfechos estudados serão: consumo de álcool (prevalência de abstinência, frequência, volume de ingesta, número de episódios de beber pesado) e problemas relacionados ao consumo de álcool para si e para terceiros. A coleta de dados será realizada por equipe treinada e terá supervisão técnica.
“Queremos estudar quais são os prejuízos causados por quem bebe àqueles que não consomem álcool. É algo parecido com fumantes passivos (que não fumam, apenas aspiram a fumaça) que têm problemas de saúde e outros problemas resultantes de estar por perto de um fumante. Um exemplo desse prejuízo que o bebedor pode causar são os acidentes de trânsito, que podem trazer sérios prejuízos para quem não bebe”, coloca Florence Kerr Correa, do Departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria da FM, autora do projeto, que receberá R$ 283.291,90 de recursos da Fapesp.
Programa de Pesquisa para o SUS
O programa, desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), o Ministério da Saúde (MS) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Fonte: Revista Exame