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Você pensa que cachaça é água, cachaça não é água não. A corrente sanguínea absorve o álcool e as funções do sistema nervoso cairão. Brincadeiras à parte, ao contrário do que algumas pessoas pensam, não é somente o sistema gástrico que é atingido pelo álcool, mas, também, o sistema nervoso.
Isso ocorre porque o álcool é uma substância depressora do Sistema Nervoso Central (SNC) e afeta diversos neurotransmissores no cérebro. A falta de coordenação motora, confusão, desatenção, euforia, falta de atenção, fala mole e lapsos de memória são apenas algumas das consequências do álcool no sistema nervoso.
Além dos efeitos citados, a ingestão de bebidas alcoólicas pode acarretar carência de algumas vitaminas essenciais para o bom funcionamento do cérebro como a vitamina B1 (tiamina), vitamina B3 (niacina), B6 (piridoxina) e principalmente a vitamina B12 (cianocobalamina).
Com o passar dos anos ou abuso constante no consumo de álcool, ficam mais graves as consequências no sistema nervoso, podendo alterar o cérebro de forma irreversível, gerando problemas como demência e neuropatia periférica. Um alcoolista em abstinência pode ter também confusão mental e até alucinações.
Fatores que podem influenciar o como e o quanto o álcool afeta o cérebro:
* Quantidade e frequência de consumo de álcool;
* Idade de início e o tempo de consumo de álcool;
* Idade, nível de educação, gênero sexual, aspectos genéticos e histórico familiar de alcoolismo;
* Risco existente de exposição pré-natal ao álcool; e
* Condições gerais de saúde.
Apesar dos grandes danos causados pelo consumo de álcool, pesquisas estimam que os alcoolistas conseguem melhorias cognitivas a partir de um ano de abstinência de álcool.
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Mitos e verdades sobre o alcoolismo
Com informações de Cisa e Leandro Teles clinica de recuperação evangelica (neurologista)