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Você acha que tomar uma taça de vinho (ou qualquer outro tipo de bebida alcoólica) para dormir é uma boa ideia? Pois fique sabendo que beber antes de dormir é uma falsa ajuda. Isso porque, embora atue como sedativo/relaxante, o álcool provoca perturbações no sono que atrapalham mais o descanso do que ajuda.
De acordo com pesquisadores, embora a substância promova atividade das chamadas ondas delta no cérebro, associadas a estágio de sono profundo sem sonhos, ela também traz um aumento na potência das ondas alfas na região frontal do órgão – o que é características de um sono agitado.
“As pessoas tendem a se focar nos relatos das propriedades sedativas do álcool, que se traduzem em um menor tempo para dormir, particularmente em adultos, do que nas perturbações que ele provoca mais tarde na noite”, critica Christian L. Nicholas, cientista do Laboratório de Pesquisas do Sono da Universidade de Melbourne.
No estudo, Nicholas e sua equipe monitoraram 24 voluntários (12 mulheres e 12 homens) saudáveis com entre 18 e 21 anos de idade que beberam “socialmente” (menos de 7 doses por semana, nos 30 dias anteriores). Cada um dos participantes da pesquisa foi, então, analisado com exames de polissonografia e eletroencefalogramas enquanto dormia sob duas condições: tendo consumido álcool antes de se deitarem ou apenas um placebo.
Os resultados mostraram que, de fato, as atividades das ondas deltas, mas que simultaneamente houve uma alta nos registros de ondas alfas na região frontal do cérebro. “Elevações similares na atividade das ondas delta e alfa, que estão associadas com um sono pobre ou pouco reparador, também foram observadas em indivíduos com dores crônicas”, destaca o cientista.
E uma noite de sono ruim pode prejudicar o bem-estar durante o dia e as funções neurocognitivas, como o aprendizado e a memória.