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Entender o porquê alguns se tornam alcoolistas e outros não. Eis o dilema que ainda gera dúvidas e foi uma das motivações de uma pesquisa americana, realizada pelos pesquisadores da Universidade de Missouri. Os estudiosos dividiram quem bebe álcool em quatro grupos e, a partir de então, querem descobrir tratamentos específicos contra o alcoolismo para pessoas de cada grupo.
Para chegar aos perfis, os pesquisadores analisaram 374 jovens, com idade média de 18 anos. Os entrevistados deveriam avaliar seu próprio comportamento e as ações de outras pessoas, de acordo com cinco índices: afabilidade, estado de consciência, estabilidade emocional, extroversão e intelecto.
Assim, eles separam quem bebe álcool nos seguintes grupos (sempre com nome de um personagem ou figura pública): Ernest Hemingway (não aparenta os efeitos do álcool), Mr. Hyde (fica agressivo), Mary Poppins (torna-se amigável) e Professor Aloprado (pessoas tímidas que ‘viram’ extrovertidas).
Para Dartiu Xavier da Silveira, psiquiatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), entre os grupos apresentados, o mais problemático, de pessoas que deveriam parar de beber, é o ‘Mr. Hyde’. “E quem se encaixa no padrão ‘Hemingway’ precisa ficar alerta, porque pode desenvolver uma doença no futuro, já que acredita estar ‘imune’ ao álcool”, diz. Segundo o médico, há perfis não alcançados pela pesquisa, como as pessoas que ficam muito emotivas e choram sem parar, por exemplo, ou aquelas que se esquecem do que fizeram.
Sergio de Paula Ramos, diretor técnico da Villa Janus e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, afirma que, para determinar com mais precisão os efeitos do álcool, seria preciso avaliar diversos fatores, como genética, alcoolismo na família e problemas psiquiátricos.
E no caso daqueles que bebe álcool demais, o mais importante é identificar a fase do alcoolismo, para determinar um tratamento específico. “A pessoa, muitas vezes, tem iniciação precoce. Depois, é mais tolerante. Mais tarde, não aprecia tanto o prazer, e mais o efeito. Por fim, começa a fase em que a bebida é quase um remédio”, relata.
Já o clínico geral José Cisney, da Clínica São Vicente, destaca que a bebida traz, no geral, euforia para todos, mas que é preciso levar em conta cada situação. Além da quantidade de álcool, outro aspecto determinante é a comida. “Se você só bebe e não come, vai acender uma fogueira”, alerta.
Fonte: O Dia
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na minha família tem uma mulher que fica “boba” quando bebe, fica te olhando com um sorriso bobo…. e tem tb o Mr Hyde que se puder pega uma faca e mata todo mundo… tem uma variação dos outros tb.
Todos uns insuportáveis, Deus me livre! O melhor deles é o que cai dormindo