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Mulheres universitárias consomem mais bebidas alcoólicas do que as que possuem menor grau de escolaridade. É o que diz uma pesquisa recente da London School of Economics, realizada na Grã-Bretanha. De acordo com o estudo, as mulheres cultas também são mais propensas a admitirem problemas envolvendo o abuso do álcool.
Uma relação semelhante entre o grau de escolaridade e o consumo de bebidas alcoólicas também foi identificada entre os homens, entretanto ela é bem menos influente do que o que ocorre com o público feminino.
A pesquisa
Os pesquisadores acompanharam milhares de pessoas, de ambos os sexos, nascidos em uma mesma semana de 1970, na Grã-Bretanha. O relatório concluiu que quanto mais culta for uma mulher, maior as chances dela beber semanalmente.
Os estudos afirmaram, ainda, que quanto maior o grau de instrução escolar, maior a tendência de um profissional do sexo feminino admitir problemas de dependência com relação ao álcool. Os testes foram feitos anos antes dos voluntários chegarem à vida adulta, enquanto ainda estavam na fase escolar.
As adolescentes que registraram notas mais altas no colégio, de acordo com a pesquisa, mostraram ter até 2,1 mais chances de beber no dia a dia do que alunas de desempenho inferior.
Francesca Borgonovi e Maria Huerta, responsáveis pelo estudo, disseram que há uma série de explicações para a relação entre os estudos e a bebida. Elas afirmaram que as mulheres de maior grau de escolaridade tendem a ter filhos mais tarde, o que posterga a responsabilidade da maternidade. Essas profissionais geralmente cresceram em uma família classe média e testemunharam seus pais beberem ao longo da infância, completaram Borgonovi e Huerta.
Segundo a pesquisa, mulheres com qualificações educacionais mais elevadas são 71% mais propensas a beber durante a semana do que o público feminino que não tem acesso ao ensino superior ou a carreira acadêmica. O estudo mostra que mulheres cultas têm um estilo de vida diferente, que as expõem ao consumo de álcool.
As conclusões da pesquisa realizada pela London School of Economics foi publicada na revista especializada Social Science and Medicine.
Fonte: Veja