Cocaína e Crack

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O hábito de mascar folhas de coca entre a população nativa dos Andes existe a pelo menos 5000 anos. Tal hábito visava a amenizar o cansaço e a fome. As baixas concentrações da substância nas folhas tornam improváveis as chances de dependência entre seus usuários. Os casos de dependência tornaram-se mais freqüentes a partir do século XIX quando a cocaína foi isolada de suas folhas.

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A cocaína é extraída das folhas da coca, que contém cerca de 0,5 – 2% da substância. Nos países andinos ainda prevalece o hábito de mascar as folhas com o intuito de aliviar o cansaço e a fome. Devido à baixa concentração de cocaína, o comércio e o consumo de folhas de coca (mascadas ou como chás) são considerados legais nesses países.

A coca (Erythroxylon coca), um arbusto que cresce nas encostas dos Andes e de cujas folhas onde se extrai a cocaína.

Outros Nomes

Cocaína: Neve, brilho, pó, Carolina, branquinha Crack: Pedra

Aparência

Cocaína: Pó branco e brilhante, que pode ser cheirado ou injetado.

Crack: Pedras brancas de vários tamanhos e formas.

As apresentações mais comuns da cocaína: a cocaína refinada ou “pó” e o crack. A primeira apresentação é um sal (cloridrato de cocaína), utilizado pelas vias intranasal ou injetável. O crack é a cocaína na sua forma de base livre. Quando o cloridrato de cocaína é aquecido em meio básico (água e bicarbonato de sódio), a cocaína se desprende de sua forma salina e precipita na forma de cristais de cocaína livre.

Efeitos

A cocaína é um estimulante. O consumo de cocaína provoca aceleração da velocidade do pensamento, inquietação psicomotora (dificuldade para permanecer parado, até quadros mais sérios de agitação), aumento do estado de alerta e inibição do apetite. Alterações do humor são passíveis de grande variabilidade, indo da euforia (desinibição, fala solta) a sintomas de mal-estar psíquico (medo, ansiedade e inibição da fala) (veja no quadro 1).

A duração do efeito depende da via de administração escolhida: cerca de 30 minutos quando cheirada e menos de 10 minutos quando fumada ou injetada . Ao final o usuário geralmente fica ‘fissurado’, isto é, com vontade de consumir mais.

A cocaína pode ser consumida por qualquer via de administração. A via injetável e a fumada (crack) colocam grandes quantidade de cocaína no sangue e geram efeitos estimulantes mais intensos e de curta duração. O crack é fumado em cachimbos improvisados ou de vidro. Já a cocaína em pó, utilizada por via intranasal (cheirada) ou o hábito de mascar as folhas produzem efeitos menos intensos, porém de maior duração. Quanto mais intenso e curto é o efeito desencadeado, maiores as chances de dependência pelo usuário.

Quadro 1: Principais sintomas decorrentes do consumo de cocaína
Sintomas psíquicos Sintomas físicos
Aceleração do pensamento
Inquietação psicomotora
Aumento do estado de alerta
Inibição do apetite
Labilidade do humor, variando da euforia ao mal-estar
Aumento da freqüência cardíaca
Aumento da temperatura corpórea
Aumento da freqüência respiratória
Aumento da transpiração
Tremor leve de extremidades
Contrações musculares involuntárias (especialmente língua e mandíbula)
Tiques
Dilatação da pupila (midríase)

Riscos à Saúde

A cocaína pode causar dependência;
Durante o consumo pode levar a problemas cardíacos, como o infarto do coração;
O consumo de grandes quantidades pode causar convulsão;
Consumir com freqüência durante vários meses pode levar a depressão, ansiedade, deixar a pessoa irritada, impulsiva e cansada.
Cheirar cocaína com freqüência pode danificar o interior do nariz.

Fonte:

Site Álcool e Drogas sem Distorção (www.einstein.br/alcooledrogas)

Programa Álcool e Drogas (PAD) do Hospital Israelita Albert Einstein clinica de recuperação

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