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Há diversos estudos atestando os efeitos benéficos do uso moderado de álcool (até 2 doses para homens e até 1 dose para mulheres) sob o coração. Entretanto, também está claro que o uso pesado (5 ou mais doses por ocasião para homens e 4 ou mais para mulheres) dessa substância acarreta prejuízos ao organismo culminando com o aumento na tanto na mortalidade quanto na morbidade.
Contudo, há ainda dúvidas sobre as conseqüências do uso de álcool no organismo de homens e mulheres. Assim, os autores conduziram uma meta-análise com estudos prospectivos sobre o tema álcool (cerveja, vinho, destilados) e mortalidade entre homens e mulheres.
Ao todo 34 estudos foram levantados, contando com amostras totalizando 1.015.835 sujeitos e descrevendo 56 curvas de ingestão de álcool e mortalidade. Desse total, 28 curvas foram traçadas em europeus, 17 em americanos e 11 em outras populações.
Os autores observaram haver com doses mais baixas de álcool uma diminuição no risco de mortalidade (tanto para homens quanto para mulheres) e com doses mais elevadas aumentando desse risco.
Vale salientar que a perda dessa “proteção” do uso moderado de álcool ocorre entre as mulheres a partir de doses mais baixas do que para homens e que as mulheres também são expostas mais do que homens a maior risco de mortalidade com a ingestão de doses mais elevadas de álcool.
Por fim, os autores especulam que a maior vulnerabilidade das mulheres ao álcool seja fruto da ocorrência de cânceres assim como de mecanismos fisiológicos diferenciados para homens e mulheres de metabolização das bebidas.
Fonte: Cisa