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Por Magda Gazzi
Drogas são substâncias naturais ou sintéticas que produzem alguma mudança mental ou física ao entrarem no organismo, modificando assim suas funções.
Há drogas cujos uso e comercialização são permitidos por lei como o tabaco, o álcool, os calmantes, os estimulantes ou depressores do apetite, por exemplo.
As drogas naturais vêm de algumas plantas, de animais e de alguns minerais. Ex.: cafeína (café), nicotina (tabaco), ópio (papoula), THC (maconha).
As drogas sintéticas são produzidas em laboratório.
Não há como falar em drogas sem fazer referência aos efeitos nocivos ou às suas possíveis consequências em relação à sexualidade.
As palavras sexo e drogas pareceram historicamente possuir um “e” entre elas. Como se o consumo de drogas e a atividade sexual fizessem parte de um mesmo comportamento.
Isso tudo porque existe a idéia de que o prazer do ato sexual é potencializado pela ação de substâncias químicas!!!
Relatos históricos parecem confirmar essa crença onde as drogas eram associadas a afrodisíacos:
– os egípcios usavam a mandrágora
– os hindus usavam a maconha e a datura
– na Grécia Antiga, usavam o vinho e o ópio nos cultos dionisíacos
Porém, o que os estudos nos mostram é que a sexualidade é afetada pelas drogas de diferentes formas:
ÁLCOOL: o uso crônico tem uma ação depressora do Sistema Nervoso Central(SNC) contribuindo direta ou indiretamente para , dificuldade de ereção, redução dos níveis de testosterona e do número de espermatozóides, redução da secreção vaginal (diminuindo a lubrificação), redução do desempenho sexual, dificuldade de orgasmo e outras disfunções sexuais.
Uma pesquisa da UNIFESP nos diz que o uso do álcool aumenta a sensibilidade das meninas, controlando a ansiedade e fazendo com que fiquem mais desinibidas e soltas, porém, dificulta a sensação de prazer.
E para os meninos, podem perder a ereção porque o álcool reduz o controle muscular.
As disfunções sexuais chegam a atingir mais de 80% dos dependentes de álcool.
TABACO:o uso crônico do tabaco pode levar a piora dos sintomas menstruais, à redução de testosterona, à piora na capacidade de ereção e à dificuldade de excitação, devido à vasoconstrição nos órgãos eréteis (pênis e vagina), provocando diminuição de entrada de sangue nesses órgãos.
MACONHA: o abuso no uso da maconha prejudica a excitação sexual e o orgasmo.
COCAÍNA: seu uso inibe o desejo sexual pois, a necessidade de falar, de se movimentar e de se manter em atividade física, faz com que o sexo fique em segundo plano.
O uso crônico leva à dificuldade para manter a ereção e prejudica a ejaculação.
Os sintomas persistem algum tempo após a abstinência.
CRACK: está associado ao aumento da atividade sexual, devido aos usuários procurarem a prostituição como forma de conseguir dinheiro para adquirir a droga.
Na realidade o uso do crack diminui a libido e causa disfunção sexual em homens e mulheres.
ANFETAMINAS e MDMA: o Ecstasy é conhecido como “a droga do amor”, pois aumenta a sensibilidade, sensualidade e o desejo sexual, mas, ele afeta diretamente a ereção, a ejaculação e o orgasmo.
Através destes exemplos vê-se que a sexualidade é afetada pelas drogas. O usuário contumaz, dependente, torna-se incapaz de experimentar e viver trocas afetivas verdadeiras, de enriquecer-se com o relacionamento interpessoal, de compartilhar a intimidade e o prazer.
O uso de drogas também relaxa os cuidados com a prevenção. Assim, as pessoas sob efeito de drogas, deixam o preservativo (camisinha) de lado com muita facilidade. Por isso o crescente número de HIV/AIDS entre os usuários de drogas e seus parceiros sexuais.
Dados da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual comprova a relação direta do consumo de álcool e a diminuição do uso de preservativos: 73,7% dos entrevistados numa pesquisa, que usaram álcool e tiveram relação sexual na noite anterior, NÃO tinham usado preservativos.
Além de outras consequências na vida, o consumo de drogas aumenta a frequência de parceiros sexuais casuais e a chance de uma prática sexual de risco.
Os usuários crônicos de drogas tem como consequência a diminuição do interesse e do desempenho sexual.
São também sérios candidatos as Doenças Sexualmente Transmissíveis, e as DSTs é o principal fator facilitador da transmissão sexual do vírus HIV, pois as feridas nos órgãos genitais facilitam a entrada do vírus da AIDS.
Por todos esses motivos, seja mais inteligente e seja adepto do sexo saudável e protegido.
Use sempre o preservativo e lembre-se : “Do que é meu, cuido Eu” …. Previna-se e tenha muito prazer!
Mais artigos podem ser conferidos no blog:
Autor: Magda Gazzi é sexóloga e psicoterapeuta | www.temmais.com.br/blog/sexo/