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Beber tanto que, mesmo horas depois, já sóbrio, não conseguir se lembrar de nada do que fez ou falou. Esta cena é comum. Com certeza você ou alguém que você conhece já passou por situação semelhante. Embora seja, por vezes, visto como piada, este esquecimento provocado pelo excesso de álcool é assunto sério. Veja a explicação cientifica para esses lapsos na memória.
O álcool atinge diversas partes do corpo pela corrente sanguínea. Uma delas é justamente o cérebro, onde as memórias são formadas por meio das sinapses – processo em que um neurônio transmite informações para outro através de impulsos nervosos, sem contato físico.
Os responsáveis pela liberação desses impulsos são os neurotransmissores, hormônios que agem como mediadores nas sinapses. Os impulsos atravessam um espaço conhecido como fenda sináptica, que separa o axônio (parte do neurônio que envia o sinal) do dendrito (que o recebe).
Os principais neurotransmissores são a dopamina, a serotonina, a noradrenalina e o ácido gama-aminobutírico (Gaba). As moléculas de álcool que chegam ao cérebro alteram a liberação desses hormônios, estimulando uns e inibindo outros.
A consequência é uma espécie de pane nas sinapses. As mensagens tornam-se confusas e, às vezes, simplesmente deixam de existir, daí o esquecimento no dia seguinte.
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Fonte: Revista Galileu