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Pesquisa feita com poloneses detectou declínio de memória, linguagem e orientação. Sintomas independem do tempo de vício; há também risco de depressão.
Segundo um estudo feito por pesquisadores poloneses, a cirrose talvez seja a última das preocupações de quem bebe grandes quantidades de álcool com freqüência.
Ao que tudo indica, essas pessoas já têm indícios de problemas mentais típicos de pessoas idosas ainda na casa dos 40 anos.
O trabalho, coordenado por Mariusz Sieminski, da Universidade Médica de Gdansk, foi apresentado no último congresso da Sociedade Européia de Neurologia, que acaba de ocorrer na ilha grega de Rodes. Os pesquisadores estudaram 27 pacientes, homens e mulheres com idade média de 47 anos e histórico de dependência de álcool há 20 anos – também em média.
Os neurologistas poloneses aplicaram nos pacientes duas avaliações-padrão de capacidade cognitiva, uma delas usada para detectar sinais de demência como a que atinge pessoas idosas e outra que serve para flagrar problemas como ansiedade e depressão.
Os resultados não poderiam ser mais desencorajadores para quem costuma exagerar na bebida. Os pesquisadores verificaram que quase metade dos pacientes provavelmente sofria de distúrbios de ansiedade, enquanto 15% deles provavelmente tinha depressão.
Outros 15% não passaram nos testes ligados a demência: sofriam com déficit de memória, de linguagem e de orientação – todos sinais de declínio intelectual e possível senilidade.
Apesar da média de idade dos pacientes, os problemas parecem não ter relação exata com ela, nem com o tempo de dependência de álcool. Sieminski diz que os resultados precisam ser confirmados com um grupo maior de pacientes, mas que eles já são suficientes para acrescentar mais um risco sério aos trazidos pelas bebidas alcoólicas.
Fonte: G1 Portal de noticia da Globo