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Síndrome de Korsakoff é uma das conseqüências mais graves do alcoolismo.
Mesmo quem bebe pouco pode apresentar dificuldades de memória definitivas.
Cuidado, o álcool pode afetar sua memória de vez. Entre os problemas do alcoolismo grave e continuado, as conseqüências neurológicas estão entre os mais graves.
Um deles é a chamada Síndrome de Korsakoff.
Esse conjunto de sintomas tem na perda de memória uma de suas marcas, e ocorre freqüentemente associada com a deficiência de tiamina, uma vitamina do complexo B.
Luis Fernando Correia é médico e apresentador do “Saúde em Foco”, da CBN
Uma pesquisadora francesa da cidade de Caen demonstrou que os indivíduos que estão em etapas menos graves do alcoolismo também apresentam problemas de memória que podem ser definitivos.
Para chegar a essa conclusão a especialista testou a memória de pessoas que usavam álcool de forma abusiva e tinham a síndrome de Korsakoff, outro grupo de alcoólicos sem problema e pessoas que não bebiam.
Os exames eram simples, como por exemplo, lembrar de seis palavras apresentadas em seis lugares diferentes e seis situações também diferentes. No final do dia os participantes deveriam tentar se lembrar das correlações entre palavras, lugares e situações.
Testes como esse buscavam avaliar a capacidade de reter informações e o contexto espacial e temporal. Outros tipos de memória estudados foram a memória episódica, que permite recordar eventos e estabelecer projeções futuras e a memória de trabalho, que nos permite lembrar de um número de telefone logo após o vermos.
Os resultados dos testes nos três grupos mostraram que os usuários de álcool, mesmo sem problemas neurológicos conhecidos sofrem de dificuldades de memória semelhantes quando comparados aos abstêmios.
Em uma sociedade como a ocidental onde os adolescentes começam a beber de forma pesada cada vez mais cedo, estudos como esse devem servir de alertas a todos nós.
Fonte: G1