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Com o envelhecimento, o líquido corporal diminui levando a uma diminuição da diluição do álcool no sangue, acarretando uma sensibilidade maior aos efeitos do álcool do que nos jovens.
O alcoolismo pode levar ao envelhecimento prematuro do cérebro ou acelerar o processo normal de envelhecimento do cérebro, levando à déficits no funcionamento comportamental e intelectual por danificar principalmente o lobo frontal do cérebro.
Pode acelerar o desenvolvimento da instabilidade na postura levando as quedas.No idoso o problema do alcoolismo pode estar camuflado por doenças clínicas ou psiquiátricas como depressão, insônia, doenças cardiovasculares e quedas freqüentes.
Então, se todas essas conseqüências são conhecidas, porque beber? O idoso tem a sensação de perda.
A maioria vive na ociosidade, aposentados, já perderam algum ente querido ou amigos, têm patologia de base ou já tiveram internação hospitalar,tem insônia, muitos são abandonados pela família, e não têm motivação alguma. Bebem para aliviar a tensão do dia a dia e esquecer as mágoas.
O diagnóstico do alcoolismo é feito através de uma “entrevista” com o paciente e sua família e exame físico. Os exames de laboratório não servem para diagnosticar alcoolismo, porém podem dar “pistas” se o paciente faz uso crônico de álcool, e conseguem dar uma idéia aproximada do grau de lesão de alguns órgãos devido aos efeitos tóxicos do álcool, como por exemplo no fígado.
Não existe um tratamento ideal para o alcoolismo. Por isso os casos devem ser considerados individualmente, e a partir de um bom exame clínico, deve-se indicar o tratamento mais apropriado para cada paciente de acordo com o grau de dependência e do ponto de desenvolvimento da doença em que se encontra a pessoa.
É preciso lembrar também que as recaídas são comuns nos pacientes alcoólatras e que na grande maioria dos casos, o próprio paciente não consegue perceber o quanto está envolvido com a bebida, tendendo a negar o uso ou mesmo a sua dependência dela.
Nestes casos, pode-se começar o tratamento ajudando o paciente a reconhecer seu problema e a necessidade de tratar-se e de tentar abster-se do álcool. A indicação de internação, pelo menos como fase inicial de desintoxicação, costuma ser a regra.
Os grupos de auto-ajuda, como os Alcoólicos Anônimos têm se mostrado como uma alternativa mais eficaz no tratamento do paciente alcoólatra e no acompanhamento de sua família, o que costuma ser indispensável para o bom andamento do tratamento.
Algumas medicações podem ser utilizadas para causar uma reação física violenta se a pessoa ingere álcool ou ainda bloquear a vontade e o prazer de beber.
Fonte: Fonte: Medicina Geriatrica