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Que a atitude dos pais em relação à bebida alcoólica tem influência no modo como os filhos veem o álcool não é novidade. Mas há uma pesquisa recém-publicada pela Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, que endossa a importância dos pais orientarem os adolescentes.
O estudo atual alerta que os pais devem continuar conversar com os filhos sobre os riscos da bebida alcoólica ao longo dos anos. De acordo com o psicólogo Craig Colder, repetir a mensagem ao longo da adolescência é importante, por mais que os jovens não gostem.
Embora haja evidência científica de que regras restritivas em relação ao álcool em casa desencorajem os jovens a beber, a maioria dos pais afrouxa os limites conforme os filhos crescem. Além disso, as consequências, quando os adolescentes quebram as regras, tornam-se mais brandas, e os pais passam a investir cada vez menos tempo para discutir o assunto com os filhos.
Craig encontrou uma relação com esse “afrouxamento” e o aumento no consumo de bebida alcoólica. Quanto mais cedo isso acontece, mais precoce é o consumo abusivo de álcool pelos jovens, segundo ele.
A conclusão de Craig é que não dá para controlar todas as decisões dos filhos, mas ajudá-los a fazer boas escolhas diante da disponibilidade do álcool é possível, sim. O trabalho coordenado por ele, e publicado na revista Addictive Behaviors, contou com quase 400 pré-adolescentes e seus respectivos pais. Eles foram entrevistados inicialmente aos 10-11 anos, fase em que ainda não costumam beber, e nos dois anos subsequentes.
O estudo apenas indica uma correlação e Craig vai coordenar uma nova rodada de três anos de acompanhamento, o que deve trazer novos dados. Mas os resultados já indicam que é bom os pais manterem as rédeas firmes, pelo menos enquanto conviverem com os filhos.
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Fonte: Blog Doutor Jairo Bouer
