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Segundo a ONU, Brasil é o terceiro país da América Latina com o maior número de jovens que consomem álcool.
É comum todo adolescente ter curiosidade de conhecer novidades. É exatamente esse desejo que leva os jovens a embarcarem em um universo muitas vezes perigoso. O alcoolismo e tabagismo é um deles, que em excesso pode ocasionar vícios gravíssimos.
Um estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em comparação com os países da América Latina, o Brasil aparece em terceiro lugar no consumo de álcool entre os adolescentes. A pesquisa foi feita com estudantes do Ensino Médio e incluiu 347.771 meninos e meninas, de 14 a 17 anos, do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Peru, Uruguai, Colômbia e Paraguai. Entre os brasileiros, 48% admitiram consumir álcool.
Os adolescentes passam por mudanças significativas na vida, por exemplo, a transição para vida adulta. É nessa fase que os pais têm um papel importante para ajudar os jovens a terem limites em suas atitudes e vontades. Muitas vezes o álcool e o tabaco são a porta de entrada para outros tipos de substâncias. De acordo com Ana Cristina de Melo e Souza, psicóloga e Secretária da ABEAD (Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras drogas), o adolescente fica propenso a usar outras drogas devido a facilidade em encontrar essas substâncias.
“Os pais estão menos presentes na vida de seus filhos e quando o jovem já não tem um limite dentro de casa, ele acaba perdendo a noção do certo e errado. Quando ele bebe e fuma, automaticamente, ele aumenta sua censura e daí em diante ele já não sabe seus limites e pode vir a consumir outros tipos de substâncias, como a droga”, conta a psicóloga.
É exatamente esse limite que a auxiliar de administração Ana Cláudia do Nascimento tenta passar a seu filho. O estudante Renan de 15 anos, filho de Ana Cláudia, ainda não experimentou nenhum tipo de bebida alcoólica ou cigarro. “Nunca bebi nada que tenha álcool. Curiosidade eu tenho, mas além da minha mãe pegar muito no meu pé eu não sinto a necessidade de ser agora” afirma o jovem.
Já a auxiliar diz que essa curiosidade é normal, mas não tem como os pais não sentirem medo da liberdade que os filhos vão adquirindo com o tempo. “Não dá para proibi-los de beber ou fumar. O que nós pais podemos fazer é conversar muito com nossos filhos e orientá-los dos perigos que a bebida e o cigarro podem trazer para a saúde”, explica.
Os benefícios da prática de atividades físicas
A prática regular de exercícios físicos é acompanhada por benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar.
A inserção em ambientes educativos como a prática de esportes também é uma das sugestões da psicóloga Ana Cristina para manter os jovens longe do álcool e tabaco. “Além de ser ótimo para a saúde dos adolescentes, o esporte faz com que o jovem mantenha uma disciplina tanto na atividade, quando na vida social. Já que quem prática atividades esportivas não pode beber ou fumar com frequência, por atrapalhar o rendimento do atleta, sendo ele profissional ou não”, salienta a psicóloga.
Fonte: O Estado RJ