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De acordo com a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas, desde o início do isolamento social, a venda de bebidas alcoólicas em distribuidoras cresceu 38%, nos supermercados, 27%. Números alarmantes para um país onde um a cada doze pessoas tem uma relação abusiva com o álcool.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou que os países limitassem a comercialização de bebidas durante o combate a Covid-19. A busca por apoio no Alcoólicos Anônimos (AA) triplicou na quarentena. Segundo a presidente do programa, Camila Ribeiro, a média diária subiu de quatro a seis pedidos para de 10 a 15.
O momento de vulnerabilidade provocado pela pandemia é visto como um fator de risco para ela, que vê a situação se agravar com a cultura do país, que incentiva o consumo de álcool.
“Hoje a gente tem também uma cultura que motiva, que incentiva as pessoas a fazerem o uso de álcool, de bebidas, enfim, e eu entendo isso como um fator de risco para nossa sociedade como um todo. Principalmente nos momentos de mais vulnerabilidade, como o que nós estamos vivendo”, afirma.