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Sozinho, o álcool reduz a atividade cerebral e, claro, isso provoca importantes alterações no comportamento. Isso ocorre porque a substância afeta o sistema nervoso central. Mas sabemos muita gente não ingere a bebida alcoólica sozinha e é sobre esta interação do álcool com outras drogas que você vai ler a seguir:
Interação de álcool com:
Benzodiazepínicos:
É um grupo de drogas com o poder sedativo ou relaxante muscular, como Diazepam, Rivotril, Lorazepam, entre outros. O álcool aumenta a taxa de absorção dos medicamentos benzodiazepínicos o que pode levar a um aumento do efeito depressor que este tipo de medicamento tem sobre o cérebro. Os efeitos mais importantes desta iteração são: sedação, diminuição dos reflexos, falta de coordenação e prejuízo da memória.
Os riscos desta associação são os relacionados às tarefas que envolvem coordenação de motora e concentração como dirigir um veículo ou operar uma máquina.
Analgésicos:
Os remédios para alívio de dores, como paracetamol e aspirina, se utilizados juntamente ao álcool podem levar a um prejuízo da mucosa que gástrica e aumentar o tempo de sangramento. Os analgésicos também podem conter codeína e anti-histamínicos que ao interagir com o álcool levam à sonolência.
Quando o álcool é combinado a opiáceos como morfina, heroína, codeína ou metadona pode haver um aumento da função depressora do SNC destas drogas.
Aproximadamente um quarto das mortes de indivíduos que fazem uso de opiáceos se dá em decorrência da interação com o álcool.
Barbitúricos:
É um grupo de medicamentos calmantes e sedativos. Quando o álcool é ingerido juntamente a barbitúricos pode ocorrer uma intensa depressão do sistema nervoso central, com prejuízo de coordenação. O risco de overdose é muito alto, esta combinação pode levar a uma redução no nível de consciência e parada respiratória.
Maconha:
A maconha não é necessariamente uma droga depressora do sistema nervoso central, pois também possui características alucinógenas. No entanto, quando usada com o álcool, pode prejudicar as funções motoras e intelectuais.
Drogas estimulantes:
Drogas estimulantes como anfetamina e cocaína, quando usadas juntamente ao álcool fazem com que o indivíduo necessite de doses muito maiores de álcool para que este se sinta intoxicado.
Drogas alucinógenas:
Há poucas informações sobre a interação de alucinógenos com álcool. Porém, sabe-se que a mistura do álcool com alucinógenos é imprevisível e os efeitos de ambas as drogas pode ser intensificado.
Medicamentos prescritos:
Há alguns antibióticos, por exemplo metronidazol e tinidazol que reagem com o álcool. O uso combinado pode levar a cefaléia e náuseas. O Álcool também pode diminuir a eficácia de antibióticos e drogas anti-virais. A interação de álcool e anti-histamínicos parece prejudicar desempenho psicomotor.
Algumas drogas anti-inflamatórias como ibuprofen e indometacina quando combinadas ao álcool podem levar a um aumento significativo do tempo de sangramento.
O álcool quando ingerido juntamente à aspirina pode levar a um prolongamento do tempo de sangramento e irritação da mucosa gástrica.
Por fim, deve-se tomar muito cuidado com a utilização do álcool na vigência do uso de anticoagulantes pois pode haver uma potencialização da ação dos agentes anticoagulantes cumarínicos por uma inibição competitiva da metabolização de enzimas hepáticas.
Com informações do Hospital Albert Einstein