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Uma nova pesquisa foi realizada novamente na cidade de Botucatu, mas desta vez a Faculdade de Medicina (FM) da USP buscou saber a quantas anda o consumo de álcool entre adolescentes. E o estudo trouxe um resultado surpreendente quanto às meninas adolescentes.
O consumo de bebidas alcoólicas é mais precoce entre mulheres do que entre homens e isto, somado à pouca maturidade das adolescentes, pode favorecer o comportamentos de risco, como a prática de sexo sem proteção. A conclusão é de uma pesquisa da Faculdade de Medicina (FM) da USP do Campus de Botucatu.
Além da precocidade, o levantamento indicou que as estudantes do sexo feminino apresentaram maior propensão para o comportamento de beber com embriaguez. O termo é usado para definir um consumo igual ou até maior a 5 doses em uma ocasião para homens e maior ou superior a 4 doses para mulheres. Nesse caso, uma dose equivale a 50 ml de destilado com teor alcoólico de 40%; 350 ml de cerveja (teor alcoólico de 4-5%) e 150 ml de vinho a 12,5% de álcool.
Os jovens são os que apresentam maiores riscos em relação ao consumo do álcool, com consequências negativas diversas como problemas nos estudos, problemas sociais, práticas de sexo sem proteção, maior risco de suicídio, homicídio e acidentes, frisa a assistente social Priscila Lopes Pereira, autora do estudo, que é sua dissertação de mestrado na FM. Ela teve a orientação da psiquiatra Florence Kerr-Corrêa, professora da mesma unidade.
O padrão de consumo, segundo o sexo, vem sendo objeto de discussão em estudos envolvendo a epidemiologia do alcoolismo. Há de se salientar as conquistas femininas nas últimas décadas, entre elas, além da independência financeira, as adolescentes passaram a ter mais liberdade para frequentar locais onde são consumidas bebidas alcoólicas antes restritas aos homens, explica Priscila.
Além disso, as mulheres que bebem regularmente desenvolvem uma série de doenças graves mais rapidamente que os homens, tais como: fígado gorduroso, hipertensão, anemia, desnutrição, hemorragia gastrintestinal e úlcera péptica, ressalta a autora, que acrescenta: é necessário estabelecer uma política clara de orientação sobre o uso de álcool para os estudantes, bem como programas de prevenção.
Influência dos amigos
O álcool é a droga lícita mais consumida no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda de acordo com a OMS, a substância é a droga de escolha entre crianças e adolescentes estima-se que o uso dessa droga tenha início (aos) entre 10 (ou) a 12 anos. Estudos anteriores encontrados na literatura científica mostravam que os homens bebem mais que as mulheres em todas as faixas etárias e que jovens consomem mais álcool do que idosos.
O estudo realizado pela Unesp apontou a influência de amigos que bebam ou fiquem embriagados uma vez por semana como cruciais para o estímulo do consumo entre os jovens. A pesquisa indicou, ainda, outros fatores que também são facilitadores, embora menos significativos: pertencer a uma classe social mais alta; estudar em escola pública e não ter prática religiosa.
Para a pesquisadora, esse contato precoce com o álcool requer atenção maior não somente por parte da família, mas da sociedade. O comportamento pode provocar situações de violência sexual, início precoce da vida sexual, propensão a contrair doenças sexualmente transmissíveis e gerar uma gravidez indesejada.
Saiba mais a respeito do assunto e como se deu esse resultado lendo a matéria na íntegra no Portal RAC.
Com informações do Portal RAC.