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O artigo descreve as principais conseqüências negativas relatadas por pessoas que sofreram alguma pertubação decorrente do uso de álcool por terceiros.
O estudo utilizou uma amostra nacional norte-americana constituída por 2170 adultos. Para avaliar as conseqüências negativas do uso de álcool sobre os outros, foi investigado se nos últimos 12 meses os sujeitos experimentaram alguma das seguintes conseqüências: ter sido importunado ou assediado na rua ou local público; ter sido importunado ou assediado numa festa ou espaço privado; ter sido agredido fisicamente; ter tido roupas ou outros pertences pessoais danificados; ter sido insultado; ter sido ameaçado e ter sido impedido de dormir. Para cada item a pessoa respondeu “não”, “sim”, “uma ou duas vezes” e “sim, várias vezes”.
Os resultados encontrados mostraram que as conseqüências mais severas (ter sido agredido fisicamente, ter tido roupas e outros pertences pessoais danificados) foram menos relatadas (3,1% e 4,8% respectivamente) do que tipos menos graves de conseqüências (ter sido impedido de dormir, referido por 21,2% da amostra).
As outras quatro conseqüências (ter sido importunado ou assediado na rua ou local público; ter sido importunado ou assediado numa festa ou espaço privado, ter sido insultado e ter sido ameaçado) foram citadas por uma quantidade de pessoas entre os dois extremos relatados acima.
A distribuição estatística das pessoas que sofreram alguma conseqüência em decorrência do uso de álcool pelos outros foi assimétrica. A maior parte dos respondentes reportou nunca ter sofrido nenhum tipo de conseqüências e uma pequena parcela relatou ter sofrido vários tipos de conseqüências repetidamente.
As características das vítimas foram: ser jovem, mulher, possuir educação superior, consumir maior quantidade de álcool durante um ano, apresentar episódios mais freqüentes de intoxicação e beber mais freqüentemente em locais públicos.
Os autores enfatizaram que dentre estas características a que demonstrou maior impacto sobre o aumento do risco de ser vítima de violência física e ter sido importunado ou assediado na rua ou local público foi a intoxicação freqüente entre mulheres. Os pesquisadores concluíram que as vítimas do uso de álcool pelos outros tendiam a beber também em excesso e serem mulheres.
Fonte: Cisa