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Pesquisadores da Universidade Keele, na Grã Bretanha, constataram que o poder que o álcool exerce no cérebro dura mais do que uma ressaca. Segundo eles, a bebida afeta funções cognitivas, como a memória, raciocínio e reflexo, mesmo já estando sem a presença do álcool no sangue.
Os resultados preliminares da pesquisa, apresentados no dia 8 de agosto, no encontro anual do Grupo de Pesquisa em Álcool e Ressaca, da própria universidade, aponta que os problemas cognitivos causados pelo consumo do álcool duram mais do que a famosa dor de cabeça ou tonturas.
A pesquisa indica que a ressaca prejudica especialmente a memória de curto prazo, que é relacionada ao armazenamento temporário e manipulação de informações como lembrar se deixou o forno ligado, por exemplo.
Segundo os resultados preliminares do estudo, estar de ressaca diminui o funcionamento da memória de trabalho (curto prazo) em 5% a 10% e aumenta em 30% os erros de raciocínio cometidos por uma pessoa. Além disso, os reflexos de uma pessoa de 20 anos durante uma ressaca se assemelham aos de um indivíduo de 40 anos.
Os autores da pesquisa explicam que a causa científica da ressaca ainda não é totalmente compreendida. Sabe-se que a desidratação provocada pelo consumo de álcool contribui para o os sintomas, mas acredita-se que os componentes químicos presentes na bebida também tenham um papel para o surgimento do quadro. Como os resultados apresentados são preliminares, ainda não há informação sobre por quanto tempo os efeitos da ressaca persistem no funcionamento cerebral.
Com informações do jornal Primeira Hora