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O gari Romeri Ferreira de Jesus, 47, procurou a reportagem do HOJE para denunciar que está sendo perseguido em seu trabalho, na Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), por ser alcoólatra. “Estão querendo que eu assine pedido de demissão. Quando chego para trabalhar, falam que eu não estou em condições e me mandam voltar pra casa. Não nego que sou alcoólatra, mas não estou bebendo em serviço”, afirma Romeri.
A recorrência do consumo de bebida alcoólica entre garis foi mostrada pelo HOJE em junho do ano passado, quando a reportagem contou a história de três garis que tinham dependência do álcool, entre eles Romeri.
“Já quiseram que eu assinasse advertências, eu não assinei, assinaram por mim. Já fiquei 45 dias internado, fazendo tratamento para alcoolismo. Mês passado, passei mal, desmaiei no trabalho, já falaram que era a bebida. Mas fiz exames, o médico disse que eu tinha infecção urinária.”
De acordo com a assessoria da Comurg, Romeri Ferreira é funcionário concursado e já foi demitido, dia 13 último, por excesso de faltas. “Ele comparecia bêbado ou não comparecia, e isso causava sobrecarga de trabalho a outros funcionários.
Chega a uma situação em que a Comurg não tem como manter”, explicou o diretor do departamento pessoal, Valtenes Antônio da Silva. A assessoria da Comurg informou que a falta gera demissão por justa causa. “Pagamos todos os direitos. No caso de alcoolismo, primeiro oferecemos acompanhamento médico e social. Só demitimos quando não há outra saída.”
O diretor do departamento pessoal afirmou que o alcoolismo entre garis é comum na Comurg. “Não temos como registrar a quantidade exata, porque muitos nem assumem serem alcoólatras. Percebemos quando o funcionário começa a faltar muito, principalmente na segunda-feira. Só nesta semana, por exemplo, de 62, oito faltaram”, contou.
Fonte: Taís Lacerda / Hoje Notícia – Goiania