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Sexta-feira, final do expediente, todos da empresa vão para um “barzinho”, fazer o happy-hour para eliminar o stress da semana de trabalho árduo, do cansaço e para planejar o final de semana. A bebida é a protagonista destas confraternizações e é nesse momento em que os problemas aparecem.
Muitos passam da conta e, sem condições, vão para casa dirigindo seus carros. Todos os finais se semana são inúmeros os acidentes ocorridos neste ambiente e muitos trabalhadores não chegam na segunda-feira para mais uma semana de trabalho.
Em contraponto existe um estudo realizado na Universidade de Sterling, na Escócia, que revelou que os trabalhadores que saem depois do trabalho para beber com os amigos têm mais chances de serem promovidas no emprego do que as que não gostam de happy hour.
As pessoas que bebem com moderação ganham, em média, 17% mais que seus colegas que não bebem e a bebida ingerida depois do expediente contribui para um clima de confiança entre os amigos e, além disso, as relações ficam mais próximas, o que torna o dia-a-dia mais descontraído dentro da empresa, conclui a pesquisa, elaborada por economistas da faculdade.
Por outro lado os funcionários que bebem de mais (mais de 12 litros de álcool, pela pesquisa) têm um salário 6% a menos que os moderados, mas têm rendimento até 5% a mais que os que não bebem em hipótese alguma.
Olhando por este ângulo não é melhor evitar o álcool se quiser ganhar mais, porém chega um momento em que o happy hour se torna uma obrigação e a pessoa só tem a semana considerada completa se tiver tomado alguns drinques.
No início é uma confraternização natural que pode ser considerada sadia, entretanto com o tempo a pessoa passa a consumir uma quantidade maior a cada final de semana e se torna mais tolerante aos efeitos do álcool.
A confraternização já se torna algo natural na vida do trabalhador e é neste momento que a dependência química pode aparecer na vida do, antes, bebedor moderado. Se esse ciclo for interrompido, muitas pessoas ficam irritadas e com vontade de estar bebendo e então demonstra a síndrome de abstinência, um dos sintomas da dependência.
O Engenheiro Marcelo Tavechio, 32 anos, de São Paulo, passou por problemas devido ao uso abusivo de álcool nessas confraternizações. “A gente saía da empresa às 18 horas e íamos direto pro bar e lá a gente bebia até umas 22 horas ou mais. Todas as sextas, durante 4 anos.
Quando fui transferido de turno fiquei com raiva de todos e comecei a sentir falta da bebida”, comenta Marcelo que completa contando que “se segurou” para não se afundar na bebida e parou com o consumo com muita força de vontade e ajuda de um psicólogo. “Sozinho seria difícil”, conclui.
Todo trabalho e estresse da semana de trabalho, merece um descanso ou uma recompensa. Se divirta, saía com os amigos, mas “aprecie com moderação” tudo o que pode te trazer um mal no futuro.