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Neide sofre ao ver seu filho, de 35 anos, dependente de álcool. E quando ela perde a paciência, começa a xingá-lo, falando que ele puxou o pai – este, aliás, faleceu há 10 anos em decorrência do alcoolismo.
Não são raras situações semelhantes. É comum ver mais do que um caso de alcoolismo na família. E, claro, a pergunta que não quer calar: o alcoolismo passa de pai para filho? A resposta é sim. O alcoolismo pode ser hereditário (herdado pelos genes da família).
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De acordo com o CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool), a hereditariedade é um dos fatores que podem influenciar na dependência alcoólica, ou seja, os filhos de alcoolistas têm maior predisposição a desenvolver a doença, principalmente na adolescência, quando ocorrem profundas mudanças físicas, psicológicas e sociais.
Diversos estudos científicos (nacionais e internacionais) também indicam a hereditariedade. Entre dados importantes, as pesquisam apontam que 50% dos dependentes de álcool têm pais com o mesmo problema, 6% tem mães alcoolistas , 30% irmãos e 3% irmãs.
Esse risco maior entre os familiares também foi divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Segundo a organização, o risco de tornar-se dependente é oito vezes maior entre familiares de pessoas dependentes de substâncias, incluindo opióides, cannabis, sedativos e cocaína.
Mas, claro, nem todos os filhos ou parentes de dependentes serão alcoolistas no futuro. Vale ressaltar que o alcoolismo também pode ser desencadeado por outros fatores.
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Independente de ter um alcoolista ou não na família, é importante a prevenção ao consumo precoce e/ou excessivo de álcool, para que, no futuro, mais pessoas tenham consciência do perigos e evitem os abusos de álcool.