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‘Falta de vergonha na cara’, ‘vagabundo’, ‘fraco’. Esses e tantos outros estigmas são relacionados aos dependentes de álcool. “Estigma” é a “marca” que uma parcela da sociedade atribui para alguém. Infelizmente, grande parte da população ainda vê um alcoolista como um fraco ou sem força de vontade, como se o adicto fosse facilmente capaz de mudar o comportamento e não o faz.
Estes estigmas acarretam consequências:
Social: problemas familiares, exclusão social, desemprego e disparidades sociais;
Psicológica: presença de sentimentos de culpa, vergonha, raiva, angústia e baixa autoestima;
Saúde: agravamento de sua condição, recusa em buscar ajuda e baixa adesão ao tratamento.
A família, por vezes, divide-se entre ser fonte de estigma e auxiliar nos cuidados de saúde do dependente de álcool.
Qual o impacto do estigma?
O estigma pode aumentar a resistência de familiares em entender que o alcoolismo trata-se de uma doença, assim como propiciar relutância dos profissionais em atender dependentes de álcool.
Essa percepção do estigma pelo alcoolista pode desencorajá-lo a buscar tratamento para evitar sofrer com os estigmas. Outra possível consequência é o sentimento de que realmente é incapaz de se recuperar.
Veja também: 5 Dicas para convencer um alcoolista fazer tratamento
Como lidar com o estigma?
Educação: disseminar a informação de que a dependência é uma doença, e assim como outras doenças crônicas (diabetes e hipertensão, por exemplo) precisa de tratamento; eliminar o uso de jargões, como o termo “alcoólatra”;
Contato: promover o contato com usuários e dependentes ajuda a diminuir opiniões negativas a partir da troca de experiências, bem como da possibilidade de eliminar algumas crenças errôneas;
Grupos de autoajuda, como o A.A e o N.A: Contribuem para a construção de uma noção de identidade, autoestima e integração social;
Autonomia: promover estratégias que permitem trabalhar a promoção de autonomia para que os usuários se tornem ativos e socialmente funcionais no processo de recuperação.
Você ou alguém que você conhece já teve que lidar algum tipo de estigma em relação à dependência de álcool? Deixe seu comentário abaixo!
Com informações do CISA