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O consumo excessivo de álcool responde por 75 mil mortes anuais nos EUA, sendo a terceira causa de morte no país. Especificamente, o padrão binge de consumo tem exigido custos significativos do sistema de saúde, de justiça legal e criminal, além de ocasionar relevante perda de produtividade em função dos problemas de saúde e sociais relacionados.
Quanto ao tipo de bebida, acredita-se que diferenças quanto à tributação, estratégias de marketing e venda possam influenciar, de forma distinta, sobre o comportamento de “binge”, fato que estimulou os autores a resgatar o tipo de bebida preferido pelos “bebedores” ditos “pesados”.
Assim, entre os anos de 2003 e 2004, foi realizado um levantamento com 14.150 participantes, preocupando-se em descrever o comportamento dos “bebedores pesados” durante o último episódio de “binge”. Desses “bebedores”, 75,4% eram homens e 54,6% tinha faixa etária igual ou superior a 35 anos.
De todos, 74,4% dos “bebedores pesados” consumiam predominante ou exclusivamente cerveja. Durante o episódio de “binge”, o número de doses alcoólicas consumidas foi maior entre os “bebedores” que consumiam os 3 tipos de bebida pesquisados, ou seja, cerveja, vinho e destilados.
Dois terços (2/3) do total de álcool consumido foi feito na forma de cerveja, sendo que os destilados e vinho ocuparam, respectivamente, a segunda (21,9%) e terceira (10,9%) posições. Além disso, a cerveja é a bebida mais comumente empregada em situações de risco, ou seja, entre jovens de 18 a 20 anos (67,0%), em situações de uso público, dentro de um período de até 2 horas antes de dirigir e entre “bebedores” que fazem uso de até 8 doses de bebida na situação de binge.
Conforme os autores, a diferença de prevalência de uso entre a cerveja, destilados e vinho, na situação de binge, dever-se-ia à preferência das estratégias de marketing e mercado pela cerveja. Tem sido divulgada de forma pesada em todos os tipos de mídia, além de ser amplamente distribuída (ex.: postos de gasolina, lojas de conveniência), o que a torna mais acessível que outras bebidas.
Ainda conforme os autores, esses dados apontam à necessidade de revisão das políticas e práticas atuais no que concerne ao consumo de álcool, de forma a homogeneizá-las, independente do tipo de bebida.
Fonte: Cisa