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Os pais ficam decepcionados quando descobrem que não conseguem evitar que o filho entre em contato precocemente com as bebidas alcoólicas. Festas e casas dos amigos são lugares propícios para que o álcool seja experimentado. Mas a boa notícia é que o estilo de vida dos pais pode ajudar os filhos a não desenvolver o vício pela bebida, de acordo com um estudo da Brigham Young University, nos EUA.
O estudo, que será publicado na edição de julho do Journal of Studies on Alcohol and Drugs, analisou mais de 5 mil adolescentes, entre 12 e 19 anos de idade, que foram interrogados sobre seus hábitos de consumo e sua relação com seus pais. O nível de responsabilidade e comprometimento com os filhos também foi avaliado. Por meio disso, os pesquisadores descobriram que:
– Os adolescentes menos propensos a criar o vício em bebida tinham pais muito responsáveis e afetivos;
– Aqueles pais afetivos, porém pouco responsáveis, contribuíam para triplicar os riscos da participação adolescente na bebedeira;
– Adolescentes que tinham pais extremamente responsáveis, mas pouco afetuosos tinham os índices dobrados de adquirir um vício de bebida.
– A análise estatística também mostrou que os adolescentes religiosos eram significativamente menos prováveis de beber qualquer bebida alcoólica.
Segundo os pesquisadores, a inovação desse estudo está em distinguir qualquer consumo de álcool do vício em beber. Os estudos anteriores colocavam a relação dos pais e a bebida no mesmo nível, mostrando influência modesta na melhor das hipóteses. “Se os pais não podem impedir seus filhos de experimentarem bebidas alcoólicas, eles podem ter um impacto significativo sobre o tipo mais perigoso do hábito de beber, o vício”, disse Stephen Bahr, um professor na faculdade de BYU de Família, Lar e Ciências Sociais.
Os companheiros de um adolescente têm também papel fundamental sobre os hábitos e consumos destes, aí incluso o consumo de bebidas alcoólicas. Porém, os pesquisadores ressaltaram que filhos de pessoas afetivas e responsáveis tendiam a ter companhias com estilo de vida parecido. “O período da adolescência é uma espécie de período de transição e, por vezes, os pais têm dificuldade em trabalhar isso”, disse Bahr. “Embora os amigos sejam muito importantes, os pais é quem são responsáveis por aquilo que o filho será.”
Fonte: Assessoria de Imprensa Grupo Viva | imprensa@grupoviva.net