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Essa é uma das medidas defendidas por parlamentares e especialistas para o controle do uso do álcool pela população.
Na reunião, o professor de psiquiatria da Unifesp Ronaldo Laranjeira ressaltou dados da Organização Mundial de Saúde, que mostram o álcool como o principal problema de saúde pública no Brasil, responsável por 9% das mortes e incapacitações, o dobro da média mundial. Segundo ele, o álcool supera o tabaco e a desnutrição.
Ronaldo Laranjeira explicou que metade da população brasileira bebe e que um quarto tem problemas sociais ou de saúde associados ao uso da bebida. Ele destacou que, América Latina e Rússia têm o maior custo social relativo ao álcool. Após o fim da União Soviética, os russos perderam 17 anos de vida útil associada ao aumento do consumo de vodca.
O médico ressaltou que esse quadro é típico de países onde não há um controle social do consumo de bebida. Ele informou que os Estados Unidos têm uma fiscalização rígida sobre a venda de bebidas a menores de 21 anos e a direção alcoolizada; e que é dificultada a licença para abertura de pontos de venda. No Brasil, há um milhão de pontos de venda.
O psiquiatra também apontou como instrumento eficiente de combate ao uso indiscriminado da bebida alcoólica o aumento da tributação sobre o produto e o controle da propaganda.
O representante da Associação Brasileira de Pediatria, Valdi Craveiro Bezerra afirmou que as escolas não enfrentam o problema. Ele disse que a escola presta mais atenção no uso de drogas ilícitas, que é mais raro do que o consumo de álcool, muito mais frequente.
Segundo Vanderlei Macris, relator da comissão, essas primeiras audiências públicas se destinam a recolher informações que possam alicerçar uma proposta de política pública.
Fonte:Ribeirão Preto Online