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A política de prevenção ao álcool e outras drogas no Brasil, no geral, são fracas. É o que afirma o médico americano Thomas Babor, 69 anos, um dos maiores especialistas mundiais nessa área.
Segundo Babor em uma entrevista para a Folha de São Paulo, falta controle em várias áreas, como no marketing de bebidas. Os impostos sobre os produtos também não são altos. Quando o assunto é a legislação, ele afirma que a lei prevê controle [como a proibição da venda para menores de idade], mas não é obedecida porque não há fiscalização. “Se você olha a média de sucesso em países que têm políticas de prevenção e tratamento em álcool e drogas, o Brasil está bem abaixo”, afirma o médico.
O médico também alerta que as pessoas não têm noção dos riscos que o álcool provoca. “As pessoas sentem muita satisfação com a bebida. Mesmo a relação do álcool com acidentes não é bem compreendida. As pessoas podem dirigir 50 vezes bêbadas e não acontecer nada, por exemplo. Isso pode causar essa falta de preocupação com o perigo. No Brasil, o álcool é popular, associado a comida, esportes, diversão, Carnaval. Quando mais associações positivas, mais atrativo ele se torna”.
A solução? Babor sugere o aumento das taxas sobre bebidas e investir mais em programas de tratamento e de prevenção. “O custo social do álcool é enorme. Os recursos que vêm das atividades comerciais ligadas a ele são muito menores em relação ao gasto para tratar o dano”.
Fonte: Folha de São Paulo
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