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Um estudo, conduzido nos Estados Unidos, avaliou os efeitos do consumo crônico de álcool em ratinhos com e sem receptores para a dopamina, o neurotransmissor responsável pelas sensações de prazer e motivação.
Durante seis meses, a metade de cada grupo bebeu apenas água, enquanto a outra bebeu uma solução incrementada com 20% de álcool. Os pesquisadores descobriram que os ratos sem os receptores DRD2 apresentaram mais danos cerebrais que os ratos normais. Além disso, o tamanho do cérebro também mostrou alterações.
Os resultados
O resultado da pesquisa demonstrou que o consumo crônico de álcool por parte dos ratos sem receptores provocou uma atrofia significativa do cérebro como um todo, e que algumas áreas — especialmente as responsáveis pela fala, memória de longo prazo, sinais motores e informação sensorial — chegaram a encolher. Os ratos normais não apresentaram os mesmo sinais. O fato de que apenas os ratos sem dopamina apresentaram esses danos sugere que o receptor tem um importante papel na proteção contra a atrofia cerebral e a exposição crônica ao álcool.
Portanto, humanos com baixos níveis de receptores DRD2 podem ser mais susceptíveis a se tornarem alcoolistas e, de acordo com um dos autores do trabalho, estudos como este podem nos ajudar a entender o papel da variação genética no alcoolismo e nos danos cerebrais em humanos, apontando melhores estratégias para prevenção e tratamento.
Fonte: Tecmundo